Daniele Tauana,20
Iguatama- MG Brasil
A escoliose afetou a minha vida.
Descobri que tinha escoliose aos 13 anos. O primeiro sintoma da doença foi: encurtamento da perna; diante deste fato observado pela minha mãe, fui á um ortopedista que diagnosticou Escoliose Idiopatica toroco-Lombar estimado em um Ângulo de 38°. No momento eu não fiquei desesperada, mas quando ele disse que eu teria que usar o tal colete de Milwaukee, foi um renegação sem fim. Eu não conseguia me imaginar engaiolada por ferros; então resolvi fazer fisioterapias pra ver se melhorava. Um dia, alguns meninos de rua estavam me imitando á andar; foi então que fui pra frente de um espelho e me observei. Eu estava torta!! Abandonei minhas camisetas e roupas coladas, usava blusinhas largas ou as vezes colocava duas camisas; mas o grau ja estava se evoluindo muito e não dava mais pra disfarçar. O isolamento veio rápido, o preconceito, as piadinhas seguidas de choro. Procurava sempre esconder das pessoas que tinha escoliose,apesar de ser algo notável. Me fechei ate mesmo pros meus pais e abandonei o tratamento. Em 2005, retornei ao ortopedista, mas dessa vez eu fui decida a tratar; mas infelizmente era tarde meu caso ja era cirurgico. O ortopedista me encaminhou pra especialistas em cirurgias da coluna da capital do meu estado Belo Horizonte. Lá, eu entrei na fila do SUS para realizar a cirurgia, que é muito cara, passei por 3 hospitais e 2 clinicas particulares. Mas infelizmente a fila no SUS é muito grande, foram 4 anos de espera e agonia. Durante esse periodo de espera, eu sempre tinha que retornar ao hospital, pros medicos me estudarem. Eu me sentia um objeto em sala de aula com 7 medicos me estudando e nada se resolvia. Tive disturbios alimentares, dificuldades em fazer amizades, e quase não saia de casa. O espelho era meu inimigo!
Com o passar dos tempos, me acostumei com a Escoliose; afinal, são 7 anos de convivencia com ela. Graças a Deus, tive ajuda de autoridades da minha cidade, eles conseguiram me cadastrar no SUS. Finalmente, o meu pesadelo estava prestes a acabar!O pior é que o tempo me reservava uma luta maior ainda. Minha cirurgia ja estava marcada, mas diante do termo de consentimento, eu estava condenada á sofrer. Pra quem não sabe, termo de consentimento, é um documento que nos salienta as possíveis consequencias da cirurgia. Pronto! Eu estava operada, fui submetida á artrodese com 13 parafusos de T7 a L4 e mais 2 hastes. As consequencias, começaram logo depois que eu acordei da cirurgia, eu estava em um CTI (vou deixar esse assunto de CTI e PERIODO HOSPITALAR um pouco vago, pra não amedrontar os membros da comunidade). A recuperação da cirurgia, é muito lenta, achei que não ia ter vida normal. No começo estava limitada á fazer um monte de coisas. Minha vida era em torno da fisio e hidroterapia,vários retornos médicos, dores e remedios como a morfina. Durante esse periodo de reabilitação, desencadiei uma insonia que me persegue ate hoje. Hoje, estou com 1 ano de cirurgia, estou feliz pois os resultados da cirurgia foram ótimos, antes tinha 44° de curva agora tenho apenas 9° que neim apresenta fisicamente. Fiz as pazes com o espelho e voltei a usar roupas coladas. Ainda sinto pequenas dores devido á uma perca de 50% da minha curvatura lombar, mas é vida normal! Penso, que se antes eu tivesse aceitado fazer o tratamento com o colete, eu não teria passado por isso tudo. Mas valeu a pena, pq atraves da minha historia eu ajudo varias pessoas portadores de escoliose. Quero fechar esse depoimento com chave de ouro "EU SOU PORTADORA DE ESCOLIOSE SIM, E DAÍ?"
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